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Motivações religiosas entre ações sociais na periferia

Entidades religiosas realizam ações sociais nas periferias com intuito de seguir os passos da crença


Tulio Gonzaga Shiraishi



Projeto social realizada por islâmicos no Montanhão, bairro de São Bernardo do Campo [Imagem: Reprodução/CDIAL]


As organizações religiosas são uma das instituições mais presentes na vida dos cidadãos. Vivenciando as suas crenças, os fiéis tentam colocar em prática os passos de seu deus ou filosofia para acolher as outras pessoas, principalmente aquelas que possuem poucas condições de vida.


Maria Alba, integrante da organização da Associação Espírita Allan Kardec de Suzano, comenta que sua entidade realiza algumas ações sociais, como a distribuição de cestas básicas, arrecadados entre os frequentadores da casa espírita, e montagem de enxoval para famílias carentes, mas não é o foco do espiritismo.


Alba explica que o propósito da doutrina espírita não se limita a questões sociais. Ainda assim, a Associação optou por elaborar um método de arrecadação e distribuição de mantimentos para que as famílias pudessem ser acolhidas física e espiritualmente.


Para Everton Silva, evangelista da Assembleia de Deus Ministério Bairro dos Casas, é fundamental que o acolhimento seja para todos. "Acredito que todos aqueles que sentiram o coração de adentrar aqui sempre serão bem recebidos, de acordo com a palavra de Deus", garante ele. Mais ainda, Everton destaca que a fé deve ir além das palavras: "Não adianta eu te dizer que Jesus te ama, se você está com fome".


Além do acolhimento pela conversa fraterna - as pessoas vão aos conselheiros da entidade para falar sobre suas dificuldades e para buscar uma orientação - a Associação faz uma visita à família e faz uma ficha com os dados para calcular a quantidade necessária de alimentos doados normalmente no fim de cada mês.


Ao perguntarmos sobre as motivações religiosas do colaborador da ação social, Alba afirma que não é necessariamente algo espiritual, mas sim uma motivação própria do cristianismo. “Para a pessoa que faz essas tarefas, ela tem a satisfação de estar fazendo realmente na prática aquilo que o nosso mestre ensinou”.


“Sempre dizemos que a fé sem obra, ela é morta. Então para que haja realmente a fé, é necessário ação”, complementa a representante do centro espírita Allan Kardec. O prazer de servir, ser útil, acolher, amparar e aliviar o sofrimento do próximo são alguns dos pontos mencionados por Alba que faz as pessoas buscarem acolher as famílias pela religião.


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