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Identidade, Resistência e Esperança

Conheça o Projeto Especial de Ação 2022 do EMEF Figueiredo Ferraz zona Sul de São Paulo, seu lema, sua importância e consequências,


Caio Andrade e Júlia Galvão


[Imagem: Arquivo pessoal/ Jacqueline Szabo]


O Projeto Especial de Ação (PEA) é responsável pela elaboração de propostas pedagógicas que visam desenvolver de forma integral os saberes e cultura de indivíduos, desde a infância até a fase adulta. Isso promove a ampliação dos conhecimentos e potencialidade dos estudantes, o que ajuda na consolidação das aprendizagens transmitidas pelas escolas.


O PEA é estabelecido para todas as unidades de Ensino da Rede Municipal de São Paulo e segue as orientações da Instrução Normativa nº14 de 04/03/2022. Essa legislação é revista anualmente, mas o projeto é uma realidade na rede há mais de 30 anos.


De acordo com Jacqueline Szabo, docente na EMEF Figueiredo Ferraz , localizada na Zona Sul de São Paulo, o PEA é o momento de reflexão das ações de toda comunidade escolar e de entendimento do território educativo. “Temos que nos reconhecer como um território periférico e para isso entender como se formam as pessoas neste território”, declarou a professora.


Pátio da escola municipal que acolhe o projeto.

[Imagem: Arquivo pessoal/ Jacqueline Szabo]


Este ano, o tema do Projeto Especial de Ação adotado pela escola na qual trabalha Jacqueline foi “Escola e território periférico: identidade, resistência e esperança”. Segundo a professora, a temática escolhida vem de um processo de construção e revisão coletiva do Projeto Político Pedagógico (PPP) da própria unidade. “A ideia surge quando nos deparamos com questões referentes ao nosso território, quem são as pessoas que fazem parte, onde estamos e para onde queremos ir”, comenta ela.


O PEA é um horário de formação coletivo em serviço, para o qual é indicado uma bibliografia. Para a professora, “o próprio nome já diz que estes estudos devem reverberar em sala de aula. Nos atentamos aos materiais já elaborados pela rede e também autores que podem acrescentar para os estudos”.


Muro da EMEF Figueiredo Ferraz, Zona Sul de São Paulo.

[Imagem: Arquivo pessoal/ Jacqueline Szabo]


Jacqueline comenta também o processo por trás do amadurecimento do projeto. “Tivemos que nos debruçar sobre este território, analisar os dados através de pesquisas com as famílias, entender quem são as pessoas que ali trabalham e andar pelo bairro de Pedreira”, adiciona a docente.


O projeto é relevante, principalmente, porque busca potencializar a educação na periferia. O PEA desmistifica a ideia de que o espaço periférico é constantemente um problema, findado em baixa cultura, ausência de escolaridade e extrema violência. Assim como comenta a entrevistada: “Entendemos que estudar nosso território periférico é compreender suas complexidades e conhecer suas potencialidades".


“Penso que os resultados virão com o tempo, mas nossa mostra cultural este ano já nos trouxe a riqueza desse trabalho. Percebemos o quão importante foi o tema para a questão de pertencimento. Observamos um carinho maior de todos pela escola”, finaliza a professora do EMEF Figueiredo Ferraz quando questionada sobre os resultados do projeto.



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