Por Isabel Vernier
No dia que marca a Independência do Brasil, ambos os lados ideológicos marcados pela polarização brasileira foram às ruas em apoio e repúdio ao presidente Jair Bolsonaro. Os grupos se encontraram na Avenida Paulista e no Vale do Anhangabaú e pintaram a capital do estado de São Paulo com as cores do momento: amarelo, verde e vermelho.
Coube a mim, Rosiane Lopes e Beatriz Nogueira a tarefa de sermos as âncoras da cobertura do evento. Mateus Cerqueira, Ana Beatriz Ferreira e Pedro Fagundes ficaram incumbidos da desafiadora (para não dizer perigosa) missão de ir até os atos para entrevistar os manifestantes. Além da tensão de fazer uma transmissão ao vivo para várias pessoas e sobre um acontecimento de escala nacional, saber que seria a primeira vez de todos e que as coisas não sairiam perfeitas aumentava ainda mais o nervosismo e a vontade de fazer dar certo.
E, como esperado, não foi fácil. Problemas de conexão com a internet e com áudios surgiram e, nesses momentos, a bola voltava para as âncoras improvisarem com o que tinham. Graças a ajuda da Eliane Almeida foi mais fácil de contornar as situações, já que ela nos instigava a falar e interagir mais com os telespectadores. Auxiliaram, e muito, os comandos que o professor Dennis de Oliveira e que Tâmara Pacheco nos davam para direcionar a interação entre público, âncoras e repórteres.
Mas logo que as entrevistas começaram a ser feitas e o material começou a se enriquecer, a experiência passou a ser mais pessoal do que acadêmica. É importante ouvir quem diverge dos seus ideais e as nuances dos discursos dos que concordam com você. Como pessoa e aspirante a jornalista, este trabalho abriu meus olhos para a importância e beleza da profissão que desejo seguir, assim como os desafios que vou encontrar. Só tenho a agradecer a todos que participaram e contribuíram com esta experiência no mínimo emocionante que este último feriado proporcionou.