Governo do Estado e administração portuária trataram com urgência a possibilidade de contaminação pela nova variante indiana
Navio MV Shandong da Zhi próximo ao litoral maranhense [Imagem: Divulgação EMAP]
Um mês após o navio “MV Shandong Da Zhi” chegar ao Porto do Itaqui, no litoral maranhense, o Governo do Estado e a EMAP - Empresa Maranhense de Administração Portuária - afirmam não ter havido disseminação da cepa indiana do vírus da Covid-19. A situação preocupou as autoridades após seis dos tripulantes terem contraído a variante, também conhecida como delta. Dentre os tripulantes estava um homem indiano de 54 anos, que teve de ser internado em um hospital privado da cidade. Foi declarada quarentena no navio, que permanece agora em alto-mar.
A embarcação chegou ao litoral maranhense no dia 13 de maio, e logo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) notificou o governo estadual que seis dos tripulantes apresentavam sintomas da covid-19, segundo nota da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O paciente internado faleceu no dia 26, informou a SES. É a segunda morte causada pela variante no Brasil. Porém, no dia 27, o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou em rede social que não havia transmissão da cepa indiana do vírus ocorrendo no Maranhão. A conclusão foi obtida após 147 pessoas, dentre elas a equipe do hospital que teve contato com a variante delta, terem testado negativo para a mesma.
Vacinação no porto
Devido à preocupação gerada pela presença da variante delta, o Ministério da Saúde enviou 300.000 doses de vacinas ao Maranhão ainda em maio. “Após detectar a presença da variante em São Luís, solicitei ao Ministro da Saúde por videoconferência o encaminhamento de testes e doses extras”, afirmou o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos) em entrevista à CNN Brasil. O estado tem se destacado por seu programa de vacinação, tendo iniciado o cronograma de segunda chamada da primeira dose no dia 24 de junho.
O Porto do Itaqui, região de preocupação acentuada devido à proximidade com o navio “MV Shandong Da Zhi”, imunizou mais de 5000 trabalhadores portuários, segundo informações da EMAP. A campanha foi realizada após a inclusão dos trabalhadores como grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização (PNI). “Esse é também um reconhecimento a esses trabalhadores que seguiram em atividade, mesmo nos piores dias da pandemia, para que o porto não parasse, garantindo o abastecimento de insumos para o próprio combate a essa doença, como materiais de limpeza e higiene, alimentos etc.”, afirmou Ted Lago, presidente da EMAP.
O guarda portuário Lincoln Lisboa foi o
primeiro funcionário da EMAP a ser vacinado
[Imagem: Divulgação EMAP]
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