Governo de S. Paulo prevê retorno às aulas presenciais
Autoridades prometem adotar medidas de segurança que deverão ser tomadas, mas há alunos e professores que são contra o retorno imediato
Por Henrique Araújo Nascimento
Sete meses após o fechamento das escolas devido à pandemia de Covid-19, o governador João Dória anunciou no dia 18 de setembro que as atividades escolares retornaram ao longo dos próximos meses o que acontece desde o dia 3 de novembro, focando os alunos do ensino médio na cidade de São Paulo.
Desde o dia 10 de novembro, as crianças do ensino fundamental, dos 6 aos 14 anos, só podem ir às escolas para atividades extracurriculares, e é previsto que o retorno amplie-se para a educação fundamental e infantil também.Isso deve ocorrer em três etapas, de 35% dos alunos retornando em rodízios, para 70%, e por fim as escolas com capacidade total durante os próximos meses.
“Não acho que seja uma boa ideia, depois de tanto tempo em casa, com os dados deixando de ser notificados, a gente não sabe o que pode acontecer, além de que não é fácil para as crianças ficar tanto tempo de máscara, vai ser mais uma série de desafios para os professores contornarem”, conta Regiane Ribeiro, professora da rede pública de São Paulo.
A segurança
Foi prevista uma série de medidas de segurança que deverão ser respeitadas durante o processo: Os estudantes deverão trocar de máscara pelo menos uma vez durante o período de aulas, os ambientes serão mantidos abertos e bem ventilados, EPI's (Equipamentos de Proteção Individual) serão fornecidos para cada profissional e uma sala na escola deverá ser separada para manter os alunos que apresentarem sintomas da doença durante as aulas, bem como o distanciamento de 1,5 metro deverá ser respeitado.
Os profissionais e alunos que fizerem parte do grupo de risco não devem voltar às aulas, e o estado recomendou às instituições que medissem a febre de cada um que entrasse nos ambientes de ensino.
“Esse ano eu não sei, acho que a gente deveria esperar as coisas melhorarem antes”, diz Pedro (12 anos), do sexto ano do ensino fundamental.
Desde 1o. de outubro, iniciou-se um processo de testes para a doença em alunos e professores da rede municipal. É estimado que 777 mil pessoas serão testadas.
Vale dizer que o retorno não é obrigatório e os pais podem decidir se os filhos retornarão ou não às aulas. É altamente recomendado pelo governo do estado de São Paulo que alunos que morem junto de pessoas com mais de 60 anos permaneçam estudando em casa.
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