Bibliotecas e espaços culturais de Pirituba e Jaraguá planejam reabertura
Bibliotecas e espaços culturais de Pirituba e Jaraguá planejam reabertura para depois da segunda semana de novembro
Por Natane C. Pedroso e Vitor A. Cavalari
As bibliotecas municipais Érico Veríssimo e Brito Broca, em conjunto com o Movimento Cultural Pirituba Jaraguá, planejam a retomada das atividades presenciais a partir da segunda quinzena de novembro. Já o Parque Pinheirinho D’Água, que abriga o Casarão Arte Livre, na região de Jaraguá-Taipas, ainda não há projeção de reabertura.
A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) está se baseando nos dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a reabertura. Esses dados são atualizados a cada duas semanas. O critério para a reabertura é o baixo índice de contágio de Covid-19 nos bairros do município de São Paulo. “O centro tem índices menores de contágio, por isso a Biblioteca Mário de Andrade já foi reaberta. Já os bairros de Pirituba e Jaraguá apresentam maiores índices se comparados ao centro, logo a reabertura está sendo planejada para meados de novembro na região”, afirma Sandro Coelho, bibliotecário-coordenador da Biblioteca Municipal Brito Broca, de Pirituba.
O Movimento Cultural Pirituba Jaraguá (Mocupija), localizado no Espaço Cultural Brito Broca, também planeja sua reabertura para a segunda quinzena de novembro. O Mocupija é a junção dos coletivos da região, reunindo, entre eles o Coletivo Cravo Branco, Peritrônica, Teatro Silva, entre outros. “O Movimento Cultural colocou Pirituba e região no mapa cultural da cidade de São Paulo”, conta Vanderlei Egidio, articulador cultural do Mocupija.
O Parque Pinheirinho D’Água abriga o Casarão Arte Livre, espaço de lazer e cultura, ocupado pelo coletivo “Ocupa Pinheirinho”. Devido à pandemia, tanto as atividades do parque quanto as do Coletivo foram interrompidas. Mesmo assim, o Ocupa Pinheirinho permaneceu ativo por meio de sua programação online. Embora não exista previsão de retomada das atividades presenciais, o articulador do Ocupa Pinheirinho, Alexsandro Lima, afirma a relevância do trabalho que realiza. “Nosso trabalho cultural é de extrema importância para a independência do Jaraguá. O que nos move é a nossa utopia periférica que constantemente busca a consciência coletiva”, comenta.
As Bibliotecas Municipais terão seu funcionamento alterado para a reabertura. O horário de atendimento ao público será de segunda-feira a sexta-feira, das 11 às 14 horas. Aos finais de semana a biblioteca permanecerá fechada. Os visitantes não terão acesso ao acervo, tampouco às dependências. A prioridade será empréstimo e devolução de livros.
Para empréstimo, o visitante deverá já escolher o título previamente — pelo acervo online — ou pedir sugestão para os atendentes. Já, para devolução, o visitante deixará o livro em uma caixa, que ficará na entrada da biblioteca. “Esses livros ficarão em quarentena por oito dias, para que não existam riscos”, informa Sandro Coelho.
Ainda de acordo com Sandro, todos os protocolos sanitários serão adotados, como por exemplo, a medição de temperatura, álcool gel na entrada, uso da fita zebrada, e viseira de acrílico para funcionários. No entanto, ainda não é possível confirmar a data de reabertura da Biblioteca de Pirituba. “Há um desafio para reabertura, porque mais da metade dos funcionários são do grupo de risco. Mesmo com todos os cuidados, não é possível forçar a reabertura para uma data específica”, ressalta Sandro Coelho.
Já o Movimento Cultural Pirituba Jaraguá também planeja a reabertura para segunda quinzena de novembro. As atividades presenciais também serão transmitidas online. “A princípio as atividades não serão diárias. A ideia é que elas aconteçam três vezes por semana. As oficinas que aconteciam duas vezes por semana, no presencial, irão acontecer apenas uma vez na semana. As que aconteciam apenas uma vez, serão intercaladas entre a modalidade presencial e online”, explica Vanderlei Egidio.
O Mocupija, faz parte do Espaço Cultural Brito Broca, e movimenta em média 3 mil pessoas por mês. Por isto, Vanderlei Egidio considera que “o Mocupija é muito importante para a região”.
Komentáře